TY - JOUR AU - Paumgartten, Francisco José Roma PY - 2016/08/30 Y2 - 2024/03/29 TI - On the alleged anticancer efficacy of phosphoethanolamine pill, weakness of the scientific evidence and ethical concerns JF - Vigil Sanit Debate, Rio de Janeiro JA - Vigil Sanit Debate VL - 4 IS - 3 SE - Debate DO - 10.22239/2317-269X.00822 UR - https://visaemdebate.incqs.fiocruz.br/index.php/visaemdebate/article/view/822 SP - 4-12 AB - <p><strong>TÍTULO PT: Sobre a alegada eficácia anti-câncer da pílula de fosfoetanolamina, fragilidade da evidência científica e preocupações éticas</strong></p>Tem sido informalmente relatado que pacientes com câncer melhoraram após tomar pílulas de fosfoetanolamina sintética (sin-FEA) produzidas e distribuídas por químicos de uma universidade brasileira. Embora os inventores da sin-FEA divulguem na imprensa leiga que o seu medicamento é eficaz contra diferentes tipos de tumores malignos, eles não apresentaram documentação clínica e relatos de caso que corroborem esta afirmação. Além disso, a sin-FEA não mostrou uma resposta anticarcinogênica consistente em ensaios in vitro com células neoplásicas humanas e murinas, e em testes in vivo em roedores com tumores transplantados. Apesar da falta de evidência não clínica e clínica de eficácia e segurança deste medicamento, uma lei autorizando a produção, prescrição e consumo da sin-FEA foi aprovada pelo Congresso e sancionada sem vetos pela presidente (Lei no 13.269/2016) em 13 de abril de 2016. Surpreendentemente, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa aprovou (em 19 de abril de 2016) testes da sin-FEA em pacientes apesar da ausência de indícios cientificamente válidos de provável eficácia e de adequada avaliação pré-clínica de segurança. É improvável que a sin-FEA seja útil no tratamento do câncer. Entretanto, a triste história da sin-FEA inevitavelmente maculou a reputação do país com respeito à regulação de medicamentos e padrões éticos de pesquisa clínica. ER -