Substâncias psicotrópicas de origem natural: o que os usuários encontram na internet?
DOI:
https://doi.org/10.22239/2317-269x.02066Palavras-chave:
Substâncias Psicotrópicas, Psicodélicos, Alucinógenos, Produtos Naturais, InternetResumo
Introdução: A internet é um dos principais meios para o compartilhamento de informações, além de ser uma plataforma com recursos para o comércio on-line. Recentemente tem-se observado um aumento no interesse e consumo de substâncias psicotrópicas de origem natural, seja em um contexto religioso, cultural ou hedonístico. Objetivo: Avaliar se as informações sobre psicotrópicos de origem natural disponíveis em sites publicados em português estão embasadas na literatura científica, se apresentam conteúdo distorcido ou tendencioso de forma a estimular o consumo e se há indícios de que a página está sendo usada como plataforma de venda clandestina desses produtos. Método: Foram realizadas buscas no Google utilizando os nomes populares das substâncias ou de plantas e preparações que as contêm (por exemplo: maconha, ayahuasca) e as informações disponíveis nas páginas visitadas foram classificadas e tabuladas. Resultados: Dos 328 sites analisados, aproximadamente 55% foram classificados como páginas informativas e 60% do conteúdo analisado estava de acordo com a literatura científica, sendo considerado como confiável. Aproximadamente um quarto dos sites incentivavam o consumo dessas substâncias, seja direta ou indiretamente, e cerca de 25% apresentavam a comercialização de produtos contendo alguma das substâncias pesquisadas. Conclusões: Os resultados sugerem que um usuário que busca de forma on-line por substâncias naturais psicotrópicas a partir de seus nomes populares é exposto predominantemente a informações que podem ser respaldadas pela literatura científica. Entretanto, a quantidade de sites que disponibilizam produtos que contêm essas substâncias para venda ou que compartilham métodos para o consumo também é significativa, muitas vezes sem apresentar advertências quanto ao uso incorreto
dos produtos, caracterizando um risco à saúde do usuário.
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Copyright (c) 2022 Juliana Pereira Lopes, Julino Assunção Rodrigues Soares Neto, Fúlvio Rieli Mendes (Autor)
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