Ingestão de minerais e fitatos: indicadores para o monitoramento de risco nutricional

Autores

  • Semíramis M A Domene Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva Curso de Nutrição Instituto Saúde e Sociedade Universidade Federal de São Paulo http://orcid.org/0000-0003-3003-2153
  • Daniela de Assumpção Faculdade de Ciências Médicas, Departamento de Saúde Coletiva, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
  • Marilisa Berti de Azevedo Barros Faculdade de Ciências Médicas, Departamento de Saúde Coletiva, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
  • Verônica Gronau Luz Curso de Nutrição, Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG
  • Regina Mara Fisberg Faculdade de Saúde Pública, Departamento de Nutrição, Universidade de São Paulo - USP

DOI:

https://doi.org/10.3395/vd.v2n4.455

Palavras-chave:

Inquéritos de Saúde, Ácido Fítico, Minerais na Dieta, Valor Nutritivo, Vigilância Nutricional

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar as razões molares entre fitato e os minerais cálcio, ferro e zinco, de acordo com as refeições realizadas por adolescentes, adultos e idosos. Foram utilizados dados do Inquérito de Saúde do município de Campinas (ISACAMP 2008), um estudo transversal de base populacional. A ingestão de nutrientes foi determinada por meio da aplicação do Recordatório de 24 horas. Foram avaliados 922 adolescentes, 950 adultos e 1.510 idosos. Os adolescentes apresentaram médias de ingestão mais elevadas para zinco, cálcio, fitato, energia e ferro, mas ingestão média de fibras alimentares menor do que os idosos. Observam-se riscos superiores a 80% para a razão molar fitato.cálcio:zinco e acima de 98% para fitato:ferro em todos os estratos investigados, especialmente no café da manhã e no lanche da tarde. Os dados deste estudo permitem concluir que as prevalências de inadequação estimadas por meio das razões molares fitato:minerais variam de 1,3% a 99,1%, o que sugere risco para o comprometimento da absorção do cálcio, zinco e ferro. Ações de regulação de caráter regional a partir de bancos de dados sobre a composição de alimentos poderão melhor direcionar políticas e programas de alimentação e nutrição, em especial no que se refere ao risco do comprometimento da qualidade nutricional da alimentação.

Biografia do Autor

Semíramis M A Domene, Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva Curso de Nutrição Instituto Saúde e Sociedade Universidade Federal de São Paulo

Nutricionista (PUC-Campinas, 1984) Mestre (1990) e Doutora (1996) em Ciência da Nutrição (UNICAMP). Profa. Adjunta do Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva, UNIFESP. 

 

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Publicado

2014-11-27

Como Citar

Domene, S. M. A., de Assumpção, D., Barros, M. B. de A., Luz, V. G., & Fisberg, R. M. (2014). Ingestão de minerais e fitatos: indicadores para o monitoramento de risco nutricional. Vigil Sanit Debate, Rio De Janeiro, 2(4), 69–75. https://doi.org/10.3395/vd.v2n4.455