Crack e internação compulsória em debate: impactos da comunicação e informação na vigilância
DOI:
https://doi.org/10.22239/2317-269X.00607Palavras-chave:
Crack, Internação Compulsória, SUS, Comunicação e InformaçãoResumo
Paradigma sanitário ou criminal? Comunidades terapêuticas ou instituições de atenção às pessoas com transtornos decorrentes de substâncias psicoativas? O ponto de partida para esta reflexão é a assertiva de que os meios massivos de informação se revestiram num singular espaço de oferta de sentidos sobre o mundo, em geral, e a saúde, em particular. Um dos efeitos desse processo é a influência que tais construções noticiosas exercem sobre a população. Com esta perspectiva mapeou-se notícias, reportagens e artigos de opinião, em torno do crack e do PL no 7.663 – cuja ênfase recaia sobre a Internação Compulsória – presentes no jornal O Globo, no ano de 2013. Ao tomarmos os construtos jornalísticos como objeto de investigação, tornou-se possível verificar o quanto, sob o signo de uma “epidemia de crack”, o periódico produziu enunciados que defendiam mudanças na legislação. Em meio a esse debate e a um conjunto de contradições nele inscritos, a secundarização do modelo psicossocial de atendimento emerge como resultado de um enfraquecimento dos instrumentos de vigilância do Estado, especialmente porque várias ações do campo sanitário ficariam de fora da auditagem do Ministério da Saúde, suprimindo a estabilidade e a transparência que uma regulação em consonância com o Sistema Único de Saúde enseja. A conclusão do presente trabalho é que a imprensa “sugere” que, a despeito de ferir alguns princípios legais, a Internação Compulsória era o melhor caminho para conter o aumento do uso de crack.
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