Infecções fúngicas nosocomiais correlacionadas a Candida spp.: incidência e distribuição de espécies na região metropolitana do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.22239/2317-269X.00668Palavras-chave:
Candida, Infecção Hospitalar, Epidemiologia, CHROMagar-Candida, Tubo Germinativo, Clamidósporo, MALDI-TOFResumo
Candida sp. é o agente fúngico mais frequentemente isolado e associado a altas taxas de morbimortalidade em pacientes hospitalizados. Apesar de bem estabelecida, a epi-demiologia dessas infecções tem apresentado grande variação em relação à região e ao período estudado. O objetivo desse trabalho foi avaliar a incidência e a distribuição de espécies de Candida em quatro cidades da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, no período de 2013 a 2014. Um total de 100 cepas foi recuperado de diferentes estabelecimentos de saúde das áreas investigadas. Para a identificação dos isolados, foram utilizadas provas fenotípicas (macromorfologia em CHROMagar, produção de tubo germinativo e clamidósporos) e espectrometria de massas (MALDI-TOF/MS). Dos isolados encontrados, 68,0% pertenciam ao grupo de Candida não-albicans e 32,0% pertenciam à espécie Candida albicans. Em relação aos espécimes clínicos, 44,0% das cepas estudadas foram isoladas de amostras de urina, sendo seguidas de hemocultura (13,0%). Neste estudo, o setor hospitalar com a maior taxa de recuperação fúngica foi o Centro de Tratamento Intensivo, com 40,0% dos isolamentos. Dentre as quatro regiões avaliadas, o município de Niterói foi o que apresentou o maior percentual de recuperação (52,0%). A comparação entre as quatro metodologias de identificação utilizadas demonstrou a efetividade e a prevalência da técnica de MALDI-TOF/MS para o diagnóstico de isolados clínicos de Candida. A correta identificação dos agentes etiológicos tem impacto direto na epidemiologia das infecções fúngicas e, consequentemente, no manejo, controle e tratamento de pacientes hospitalizados.
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