Detergentes enzimáticos no reprocessamento de produtos para a saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269X.01248

Palavras-chave:

Detergentes, Enzimas, Eficácia, Infecção Hospitalar, Vigilância sanitária

Resumo

Introdução: Os detergentes enzimáticos são amplamente utilizados, na etapa de limpeza do reprocessamento de produtos para a saúde (PPS), como endoscópios, instrumentos cirúrgicos e materiais odonto-hospitalares. Objetivo: Identificar pesquisas que abordem a eficácia desses detergentes na remoção da sujidade presente em PPS e visem responder a questionamentos em relação a sua ação efetiva. Método: Foi utilizado o método de revisão integrativa que permite a análise de pesquisas científicas de forma ampla e sistemática, favorecendo a caracterização e a divulgação do conhecimento produzido. Foram utilizados os bancos de dados eletrônicos Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed), Scopus e Web of Science. Foram incluídos os artigos publicados no período de 2002 a 2017, tendo como descritores Enzymatic and Detergents and Cleaning. Resultados: Dos 148 artigos encontrados, 113 foram excluídos a partir da leitura analítica dos textos, sendo a principal causa de exclusão, os artigos repetidos (48). Foram selecionados para o presente estudo 35 artigos. Conclusões: Verificou-se a diversidade de PPS empregados que, dependendo da sua complexidade, influenciam nos resultados finais da análise. Em sua maioria (71% – 20/28), as pesquisas de caráter experimental sobre ação dos detergentes enzimáticos enfatizam sua eficácia na remoção de carga microbiana e/ou biofilme e outras sujidades. Portanto, são indicados para o reprocessamento de PPS, como os laparoscópicos, laringoscópios, endoscópios e instrumentos endodônticos. Este último apresenta vantagem em relação aos demais PPS, uma vez que não têm superfícies internas que não possam ser alcançadas.

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Biografia do Autor

  • Maria Pasionaria Blanco Centurión, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ

    Mestrado em Vigilância Sanitária no INCQS/Fiocruz (2017). Pós-graduação em Análises Clinicas pela Sociedade Brasileira de Análises Clinicas SBAC (2013). Graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Paraná UFPR (2009). Atualmente desenvolve atividades no acompanhamento de processo de criação, organização e desenvolvimento de cursos e eventos (reuniões, congressos, colóquios, seminários e demais agendas) oriundos de cooperações intra/extra institucionais promovidos pela ENSP/Fiocruz.

  • Adriana Sant’Ana da Silva, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ

    Possui Mestrado em Ciências, Especialização em Controle da Qualidade de Produtos, Ambiente e Serviços vinculados à Vigilância Sanitária pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz e graduação em Licenciatura e Bacharelado em Química pela Universidade do Grande Rio. Atualmente é tecnologista em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ) e Chefe do Departamento de Química do INCQS. Tem experiência na área de Vigilância Sanitária, com ênfase em Química, atuando principalmente nos seguintes temas: controle da qualidade de saneantes e cosméticos, desenvolvimento e validação de métodos analíticos e treinamento de profissionais do INCQS, Laboratórios Oficiais (LACENS) e profissionais da Vigilância Sanitária.

  • Leonardo de Souza Lopes, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ

    Possui Mestrado em Vigilância Sanitária e especialização em Controle da Qualidade de Produtos, Ambiente e Serviços vinculados à Vigilância Sanitária pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz. Atualmente é Servidor Público da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ). Tem experiência na área de Vigilância Sanitária, com ênfase em Química, atuando principalmente nos seguintes temas: controle da qualidade de medicamentos, cosméticos e saneantes, desenvolvimento e validação de métodos analíticos e treinamento de profissionais do INCQS e dos Laboratórios Oficiais (LACENS).

  • Célia Maria Carvalho Araujo Romão, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ

    Possui graduação em Farmácia Bioquímica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1977), mestrado em Ciências (Microbiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985) e doutorado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz (2005). É Tecnologista em Saúde Pública senior do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz. Possui experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Controle Microbiológico de produtos sujeitos à vigilância sanitária, em especial os saneantes, atuando principalmente nos seguintes temas: desinfetantes, desinfecção e esterilização hospitalar e laboratorial, atividade antimicrobiana de desinfetantes, susceptibilidade de micro-organismos aos desinfetantes e outros biocidas.

Publicado

2019-02-28

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Detergentes enzimáticos no reprocessamento de produtos para a saúde. (2019). Vigilância Sanitária Em Debate , 7(1), 33-41. https://doi.org/10.22239/2317-269X.01248

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