Processo de implantação da gestão de riscos em um laboratório de saúde pública

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269X.01319

Palavras-chave:

Gestão de Riscos, Melhoria de Qualidade, Laboratório de Saúde Pública

Resumo

Introdução: Gerenciar riscos significa, no caso de riscos com efeitos negativos, tê-los sob controle de forma a mitigá-los ou eliminá-los, se possível, ou, no caso de riscos cujos efeitos são positivos, transformá-los em oportunidades. O Instituto Adolfo Lutz (IAL) estabelece, documenta, implementa e mantém um sistema de gestão de acordo com a opção A da norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017. Dessa forma, a gestão de riscos é um dos requisitos a ser atendido. Para cumprir esse requisito, o IAL iniciou a implantação do processo de gerenciamento de riscos utilizando a ferramenta Análise de Modo, Efeito e Criticidade da Falha (FMECA), porém a metodologia foi considerada complexa pelos colaboradores e, por isso, houve a necessidade de abandoná-la e utilizar apenas o brainstorming, na etapa de identificação dos riscos, e a análise de probabilidade e impacto, na etapa de análise e avaliação dos riscos. Objetivo: Avaliar o nível de implantação do processo de gestão de riscos no IAL e identificar as principais dificuldades envolvidas nesse processo. Método: Analisou-se 74 formulários de matriz de risco preenchidos pelos diversos setores da instituição. Resultados: Verificou-se uma adesão de 76,3% pelos setores, e as principais dificuldades encontradas no processo de gestão de riscos foram: identificação dos riscos propriamente dita, incluindo a identificação de risco com efeito positivo, seleção de um indicador associado ao risco e proposta de ação para tratar o risco. Conclusões: Para a implantação do processo de gestão de riscos, a utilização de ferramentas mais simples deve ser preconizada quando o nível de maturidade da equipe ainda é baixo ou intermediário. Outro ponto a ser considerado para o sucesso da implantação desse processo é o fortalecimento da compreensão dos riscos por todos da organização. No IAL, o processo de gerenciamento de riscos encontra-se na fase de monitoramento dos riscos, sendo que a próxima etapa consiste na revisão do mapeamento de riscos feito inicialmente.

Biografia do Autor

Carmen Silvia Kira, Instituto Adolfo Lutz (IAL), São Paulo, SP, Brasil

Possui graduação em Química (Bacharelado) com extensão universitária em Química Tecnológica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP (1990), mestrado em Ciências (área de Tecnologia Nuclear- Aplicações) pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN (2002) e doutorado em Ciências na área de Medicina Preventiva pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2014). Atualmente é Pesquisador Científico VI do Instituto Adolfo Lutz. Tem experiência na área de Química Analítica, com ênfase em métodos espectroscópicos de análise (espectrometria de absorção atômica, espectrometria de emissão atômica com plasma de argônio indutivamente acoplado e espectrometria de massa) aplicados à determinação de constituintes inorgânicos em amostras de alimentos e materiais biológicos, atuando principalmente nos seguintes temas: alimentos, minerais, elementos-traço, contaminação ambiental, saúde humana e saúde coletiva.

Larissa Germano Fonseca, Instituto Adolfo Lutz (IAL), São Paulo, SP, Brasil

Bolsista do curso de Especialização do Instituto Adolfo Lutz em Vigilância Laboratorial em Saúde Pública na área de Gestão da Qualidade. Graduada em Engenharia Química pela Universidade Federal de São João del Rei - Campus Alto Paraopeba. Participou do Grupo de Pesquisa "Nanotec" como aluna voluntária de iniciação científica e foi vice-diretora da Diretoria de Relações Escola-Empresa do Centro Acadêmico de Engenharia Química (CAEQ), na gestão 2015-2016. Experiência profissional como estagiária na Vida Biotecnologia S.A.

Publicado

2020-02-27

Como Citar

Kira, C. S., & Fonseca, L. G. (2020). Processo de implantação da gestão de riscos em um laboratório de saúde pública. Vigil Sanit Debate, Rio De Janeiro, 8(1), 31–39. https://doi.org/10.22239/2317-269X.01319

Edição

Seção

Artigo