Avaliação do risco potencial: da teoria à prática em Vigilância Sanitária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269X.01825

Palavras-chave:

Vigilância Sanitária; Risco; Regulação; Serviços de Saúde

Resumo

Introdução: O grande desafio do controle sanitário é avaliar o risco potencial de seus múltiplos objetos de ação, utilizando os resultados para selecionar as melhores estratégias, tarefa difícil de ser operacionalizada no cotidiano da Vigilância Sanitária (Visa). Objetivo: Apresentar a operacionalização do Modelo de Avaliação de Riscos Potenciais (MARP) em serviços de saúde do estado de Santa Catarina, de modo a subsidiar reflexões acerca da aplicabilidade desse método. Método: Estudo descritivo de casos múltiplos holísticos. A unidade de análise foi o controle
sanitário de serviços de saúde realizado pela Visa de Santa Catarina, na Grande Florianópolis, tendo sido estudados 15 (42,9%) dos 35 hospitais dessa região. A estratégia de avaliação de risco foi o MARP com aplicação de Roteiros Objetivos de Inspeção, nos Centros Cirúrgicos (CC), nas Centrais de Material Esterelizado (CME) e nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), nos anos 2017 a 2019. Resultados: As UTI apresentaram os maiores percentuais de risco aceitável e os menores de risco não aceitável, enquanto as CME apresentaram os menores percentuais de risco aceitável
e os maiores de risco não aceitável. Os percentuais de risco potencial aceitável são maiores nos CC dos hospitais de grande porte, nas UTI dos hospitais de médio porte e ausente nas CME e nos CC dos hospitais de pequeno porte. Conclusões: O MARP favorece o gerenciamento dos riscos em Visa e o direcionamento de suas ações de controle sanitário. Possui limitações, ao necessitar de um sistema de informação e requer compreensão dos resultados dos dados, tendo em vista que risco e benefício são conceitos desafiadores e devem ser analisados num contexto definido.

Biografia do Autor

Marcus Vinícius Teixeira Navarro, Instituto Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil

Laboratório de Produtos para Saúde

Departamento de Tecnologia em Saúde e Biologia

Vanessa Freitas, Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil

Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Vigilância Sanitária no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde /FIOCRUZ-RJ, Mestre em Vigilância Sanitária pelo INCQS/FIOCRUZ-RJ (2018), Especialista em Vigilância Sanitária pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (2009) e Graduada em Odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2008), atua desde 2009 como Auditora Fiscal da Vigilância Sanitária Estadual do RN, desenvolvendo, principalmente, ações nas áreas de Radiodiagnóstico Médico e Odontológico, Controle de Qualidade, Gerenciamento de Risco e Benefícios, eventos em massa e serviços de alimentação. Através da participação no Grupo de Pesquisa "Avaliação e Gerenciamento de Riscos, Benefícios e Tecnologias em Saúde" do Instituto Federal da Bahia, realiza atividades de estudos no campo do gerenciamento de riscos e benefícios à saúde, especialmente no desenvolvimento e aplicação de modelagens de avaliação de riscos e benefícios potenciais aplicadas as áreas de serviços de saúde a exemplo de hospitais, endoscopia, CME, além de alimentos e água. 

Publicado

2021-08-31

Como Citar

Vinícius Teixeira Navarro, M. ., Auxiliadora Magalhães Costa, E. ., Freitas, L., Lorena Sousa de Medeiros Freitas, V. ., Kindermann, C., & da Cruz Duarte, L. G. (2021). Avaliação do risco potencial: da teoria à prática em Vigilância Sanitária. Vigil Sanit Debate, Rio De Janeiro, 9(3), 32–39. https://doi.org/10.22239/2317-269X.01825

Edição

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