Análise do gerenciamento de tecnologias em equipamentos médico-assistenciais em unidades de terapia intensiva: desafios para o enfrentamento da COVID-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269x.01960

Palavras-chave:

Tecnologia Biomédica, Equipamentos Médicos Duráveis, Segurança do Paciente, Vigilância Sanitária, Unidades de Terapia Intensiva

Resumo

Introdução: A pandemia causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 trouxe uma pressão descomunal sobre os sistemas de saúde, especialmente sobre a disponibilidade de leitos, equipamentos e recursos humanos das unidades de terapia intensiva (UTI), que mesmo antes desse cenário já apresentavam dificuldades, em especial na gestão de equipamentos. Embora se tenha passado mais de 10 anos do início da obrigatoriedade da gestão de tecnologias em serviços de saúde, a sua implementação na prática ainda é um desafio e um problema de saúde pública. Objetivo: Verificar a implantação do Plano de Gerenciamento de Tecnologias de equipamentos médico-assistenciais nas UTI de Goiânia, parte integrante da gestão de tecnologias. Método: Como base utilizou-se dados secundários coletados em um guia elaborado pela Vigilância Sanitária, aplicado em dois momentos durante as inspeções em UTI. Os dados foram analisados de forma comparativa e os resultados apresentados por meio de frequência absoluta, relativa e de análise estatística. Resultados: Os níveis de implantação do Plano de Gerenciamento de Tecnologias encontrados foram de 25,8% e 40,9% na 1ª e 2ª inspeção, respectivamente. Conclusões: Investimentos em treinamento e em programa de educação permanente podem levar a uma melhoria na implantação do plano e, consequentemente, a um avanço na qualidade do serviço oferecido ao usuário. Considerando que a Vigilância Sanitária é um importante catalisador dessa mudança, este estudo traz dados importantes para os gestores priorizarem ações e formularem políticas públicas na Saúde Coletiva que servirão para melhorar a segurança dos pacientes e, por consequência, ajudar no enfrentamento da COVID-19.

Biografia do Autor

Frederico Inácio e Silva, Departamento de Vigilância Sanitária e Ambiental de Goiânia, Goiânia, GO, Brasil

Farmacêutico. Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Goiás (2001). Especialista em Cosmetologia (2007) e em Farmácia Magistral (2008) pela Faculdade Oswaldo Cruz. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Goiás (2019). Auditor Fiscal de Saúde Pública do Departamento de Vigilância Sanitária do município de Goiânia e Fiscal de Vigilância Sanitária da Vigilância Pós-Comercialização/Pós-Uso da Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás (SUVISA/VIGIPÓS).

Paula Cicília Faquim Rodrigues, Superintendência de Vigilância em Saúde, Secretaria de Estado de Saúde de Goiás, Goiânia, GO, Brasil

Cirurgiã-dentista. Possui Graduação em Odontologia pela Universidade Federal de Goiás (2006). Mestre em Odontologia pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás (2009). Doutora em Odontologia pelo Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Goiás (2016). Especialista em Prótese Dentária pela ABO-Secção Goias (2012). Especialista em Gestão da Vigilância Sanitária pelo Instituto Sírio Libanês de Ensino (2016). Especialização em em Saúde Coletiva: Concentração em Monitoramento, Avaliação e Informação Estratégica pela UFBA. Especializanda no Curso de Especialização em Informática na Saúde ? UFRN (2020-atual). Atuação como Tutora, Conteudista (texto base e questões), Facilitadora e Orientadora de TCC (presencial e EaD) em diversos cursos e para várias instituições. Inspetora em Vigilância Sanitária da Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás (SUVISA). 

Ricardo Antônio Gonçalves Teixeira, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil

Ricardo Antonio Gonçalves Teixeira é Licenciado em Matemática e Pedagogia e Bacharel em Administração. Tem Pós-Graduação lato sensu em Administração Escolar; Mestrado e Doutorado na área de Educação. Pós-Doutorado em Tecnologias de Investigação pelo Departamento de Educação da Universidade de Aveiro, Portugal; Pós-Doutorado em Tecnologias Assistivas pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade de Uberlândia (UFU); Pós-Doutorado em Mídias Interativas pelo Programa de Pós-Graduação em Culturas Contemporâneas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Pós-Doutorado em Educação Inclusiva - com foco em Educação e Saúde - pela Faculdade de Ciências Médicas - Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É professor desde 1988, atuando nas redes públicas federal, estadual, municipal e privada no Ensino Fundamental, Médio e Superior, com experiência na área de Educação Matemática, Educação inclusiva, Tecnologias Educacionais e Tecnologias Assistivas. Atualmente é professor associado da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás FE/UFG e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (mestrado e doutorado) e em Saúde Coletiva da UFG. Foi professor de escolas do Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio, além de docente do Instituto de Matemática e Estatística IME/UFG, da PUC-GO, UEG e outras IES em Goiás.

Ellen Synthia Fernandes de Oliveira, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas modalidade médica pela Universidade Federal de Goiás (UFG), mestrado em Biologia pela UFG, doutorado em Patologia Molecular e Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, Pós-doutorado em Saúde Coletiva pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), São Paulo e Pós-doutorado em Educação pela Universidade de Aveiro-Portugal . Atualmente é professora Titular do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UFG), docente do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP/UFG). É professora na graduação desde 1993 na área da saúde com projetos na linha de promoção e educação em saúde e prevenção e vigilância em saúde. Tem experiência no ensino e extensão nos cursos de graduação nas disciplinas de Histologia e Embriologia e na pós-graduação na disciplina de Metodologia e Pesquisa Qualitativa em Saúde e análise de dados qualitativos. Tem várias publicações na área da pesquisa qualitativa em parceria com a Unicamp e Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL). Membro da Comissão Científica do Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa (CIAIQ) e Word Conference on Qualitative Research (WCQR).

Publicado

2022-05-31

Como Citar

Inácio e Silva, F., Cicília Faquim Rodrigues, P. ., Antônio Gonçalves Teixeira, R. ., & Synthia Fernandes de Oliveira, E. . (2022). Análise do gerenciamento de tecnologias em equipamentos médico-assistenciais em unidades de terapia intensiva: desafios para o enfrentamento da COVID-19. Vigil Sanit Debate, Rio De Janeiro, 10(2), 13–22. https://doi.org/10.22239/2317-269x.01960

Edição

Seção

Artigo