Perfil epidemiológico dos casos de síndrome respiratória aguda grave no estado de Minas Gerais, Brasil, 2020 a 2021
Vigil Sanit Debate, Rio de Janeiro, 2023, v.11: e02062 | Publicado em: 03/08/2023
DOI:
https://doi.org/10.22239/2317-269x.02062Palavras-chave:
SRAG, COVID-19, Epidemiologia Descritiva, Notificação de Doenças Infecciosas, SARS-CoV-2Resumo
Introdução: O aumento do número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) associado ao SARS-CoV-2 originou uma das maiores emergências mundiais de saúde pública. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico da SRAG no estado de Minas Gerais, durante 2020 e 2021. Método: Realizou-se pesquisa transversal, descritiva, retrospectiva e qualiquantitativa. Os dados foram coletados do sistema SIVEP-Gripe e do Painel de Monitoramento dos Casos de COVID-19, dos anos de 2020 e 2021. As variáveis analisadas foram: total de casos de COVID-19, total de SRAG e SRAG por COVID-19, idade, sexo, raça, classificação final e evolução final. Resultados: O estado apresentou 315.726 casos de SRAG e, destes, 58,6% foram causados pelo SARS-CoV-2. A maioria dos indivíduos que apresentou SRAG eram do sexo masculino, faixa etária de acima dos 60 anos e raça parda. Dentre os casos de SRAG, 23,3% evoluíram para óbito, e destes 77,6% tinham como causa a COVID-19. As regionais de Uberlândia, Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Patos de Minas, Uberaba, Ituiutaba, Leopoldina, Governador Valadares e Juiz de Fora apresentaram as maiores ocorrências de SRAG/habitantes. As regionais São João del-Rei, Teófilo Otoni, Passos e Uberaba destacaram-se por apresentar elevada taxa de letalidade dos pacientes que apresentaram SRAG por COVID-19. Conclusões: A distribuição dos casos e óbitos notificados de SRAG em Minas Gerais foi heterogênea, com número maior de casos em municípios com maior densidade demográfica. As questões elencadas nesta pesquisa apontaram as deficiências e fragilidades nas capacidades de resposta ao enfrentamento da pandemia, o que indica a necessidade de descentralização e reestruturação do sistema de saúde de diversos municípios do estado.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Luiz Fernando Moura Goulart, Luciano Ricardo de Oliveira, Leonice Domingos dos Santos Cintra Lima, Luciana Estevam Simonato, Danila Fernanda Rodrigues Frias (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
TERMO DE CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS O(s) autor(es) doravante designado(s) CEDENTE, por meio desta, cede e transfere, de forma gratuita, a propriedade dos direitos autorais relativos à OBRA à REVISTA Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia (Health Surveillance under Debate: Society, Science & Technology) – Visa em Debate e, representada por FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, estabelecida na Av. Brasil, nº 4365, Manguinhos, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, CEP 21045-900, doravante designada CESSIONÁRIA, nas condições descritas a seguir: 1. O CEDENTE declara que é (são) autor(es) e titular(es) da propriedade dos direitos autorais da OBRA submetida. 2. O CEDENTE declara que a OBRA não infringe direitos autorais e/ou outros direitos de propriedade de terceiros, que a divulgação de imagens (caso as mesmas existam) foi autorizada e que assume integral responsabilidade moral e/ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros. 3. O CEDENTE cede e transfere todos os direitos autorais relativos à OBRA à CESSIONÁRIA, especialmente os direitos de edição, de publicação, de tradução para outro idioma e de reprodução por qualquer processo ou técnica. A CESSIONÁRIA passa a ser proprietária exclusiva dos direitos referentes à OBRA, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outro meio de divulgação, impresso ou eletrônico, sem que haja prévia autorização escrita por parte da CESSIONÁRIA. 4. A cessão é gratuita e, portanto, não haverá qualquer tipo de remuneração pela utilização da OBRA pela CESSIONÁRIA.