Estudo das dificuldades encontradas por laboratórios brasileiros na implementação de métodos alternativos ao uso de animais: avaliação de irritação ocular e o teste de Permeabilidade e Opacidade da Córnea Bovina (BCOP)
Vigil Sanit Debate, Rio de Janeiro, 2024, v.12: e02283 | Publicado em: 15/10/2024
DOI:
https://doi.org/10.22239/2317-269X.02283Palavras-chave:
Métodos Alternativos, Avaliação Toxicológica, Irritação Ocular, BCOP, EntrevistaResumo
Introdução: Garantir a segurança dos produtos que causam irritação ocular é crucial. O Teste de Opacidade e Permeabilidade da Córnea Bovina (BCOP) é um método alternativo de irritação ocular aceito para fins regulatórios. Objetivo: Este estudo visou identificar os principais desafios e limitações técnicas enfrentadas por profissionais na implementação de métodos alternativos, particularmente para avaliação de irritação ocular. Método: Uma pesquisa qualitativa foi realizada a partir de questionários (n = 22 respondentes) e entrevistas (n = 7) seguidas por análise de discurso. Resultados: Os resultados revelam que 71% dos executores de métodos alternativos enfrentam dificuldades significativas, principalmente devido aos elevados custos de validação/implementação (62%) motivados por despesas com consumíveis. O acesso limitado à formação (62%) e a importação de reagentes e equipamentos (43%) também foram apontados. As principais limitações do BCOP incluem acesso limitado a globos oculares bovinos (50%), classificação de risco menos precisa (43%) e desperdício substancial de globos oculares (29%) devido a danos. As entrevistas corroboraram estas conclusões, destacando desafios como deslocamento aos matadouros, detalhes técnicos insuficientes no Guia da OCDE, a necessidade de materiais de apoio adicionais e a falta de profissionais experientes. Estes resultados ressaltam a necessidade de maior oferta de treinamentos para implementação de testes. Os altos custos de materiais importados apontam maiores gastos com validação no Brasil em comparação com outros países. Conclusões: Enfrentar estes desafios demanda um ambiente de inovação aberto, promovendo a colaboração entre a Tríplice Hélice (Empresas, Instituições Científicas e Tecnológicas e Governo).
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