Intersetorialidade e potenciais conflitos de interesse entre governos e setor privado comercial no âmbito das ações de alimentação e nutrição para o enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis

Autores

  • Luciene Burlandy Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ Autor
  • Fabio S Gomes Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Ministério da Saúde, Rio de Janeiro, RJ Autor
  • Camila MP Carvalho Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ) Rio de Janeiro, RJ, Autor
  • Patricia C Dias Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ Autor
  • Patricia Henriques Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ Autor

DOI:

https://doi.org/10.3395/vd.v2n4.460

Palavras-chave:

Ação Intersetorial, Conflito de Interesses, Doença Crônica, Política de Saúde, Programas e Políticas de Nutrição e Alimentação

Resumo

Neste artigo foram analisados os potenciais conflitos entre interesses governamentais e privados de caráter comercial em torno das ações de alimentação e nutrição (AN) no âmbito de propostas intersetoriais de enfrentamento das DCNT no Brasil. Para tal, foram identificados artigos acadêmicos e documentos institucionais publicados a partir de 2000 que abordassem as ações de AN em políticas de DCNT pautadas pela intersetorialidade. Foram priorizados elementos que contribuíssem para a compreensão dos potenciais conflitos de interesse entre governos e o setor privado comercial no âmbito de estratégias intersetoriais de enfrentamento de DCNT. Concluiu-se que o princípio da intersetorialidade, desassociado de um processo político que problematize os critérios de eleição e as práticas institucionais dos setores que respondem pelo conjunto de ações que compõe as políticas governamentais, pode servir como facilitador do favorecimento de interesses comerciais. A participação no processo decisório de setores de interesse comercial cujas práticas ferem objetivos e princípios das políticas públicas, movidos pela expansão da demanda por seus produtos e pela concentração progressiva de poder, pode retardar, atenuar ou impedir ações efetivas na redução de DCNT. Esta possibilidade é particularmente relevante no âmbito de atribuições que são próprias aos entes Estatais, especialmente as estratégias regulatórias.

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Biografia do Autor

  • Luciene Burlandy, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ
    Professora Associada da Faculdade de Nutrição e do Programa de Estudos Pós Graduados em Política Social da Unviersidade Federal Fluminense
  • Fabio S Gomes, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Ministério da Saúde, Rio de Janeiro, RJ

    Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer, Coordenação de Prevenção e Vigilância

  • Camila MP Carvalho, Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ) Rio de Janeiro, RJ,
    Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Patricia C Dias, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ
    Professora da Faculdade de Nutrição e do Programa de Estudos Pós Graduados em Política Social da Unviersidade Federal Fluminense
  • Patricia Henriques, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ
    Professora da Faculdade de Nutrição e do Programa de Estudos Pós Graduados em Política Social da Unviersidade Federal Fluminense

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Publicado

2014-11-28

Como Citar

Intersetorialidade e potenciais conflitos de interesse entre governos e setor privado comercial no âmbito das ações de alimentação e nutrição para o enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis. (2014). Vigilância Sanitária Em Debate , 2(4), 124-129. https://doi.org/10.3395/vd.v2n4.460

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