Farmacovigilância de polifarmácia e reações adversas medicamentosas em idosos hospitalizados em hospital universitário de Manaus, Amazonas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269X.01363

Palavras-chave:

Idoso, Polimedicação, Farmacovigilância, Efeitos Colaterais, Reações Adversas Relacionadas a Medicamentos

Resumo

Introdução: A polifarmácia – uso concomitante de cinco ou mais medicamentos – apresenta riscos exacerbados de reações adversas medicamentosas (RAM) no idoso. Objetivo: Esse trabalho teve como objetivo observar a ocorrência da polifarmácia e de eventos adversos relacionados a medicamentos em idosos hospitalizados. Método: Foi realizado um estudo observacional, analítico e prospectivo, com coleta de dados a partir das prescrições dos idosos selecionados e de notificações de RAM. Os pacientes foram avaliados quanto à prevalência de polifarmácia e à incidência de RAM. Resultados: Foram acompanhados 42 idosos internados na enfermaria de clínica médica de janeiro a junho de 2018, sendo 66,7% do gênero feminino e 33,3% do masculino. As médias de idade e de tempo de hospitalização foram, respectivamente, 73 ± 8 anos e 22 ± 14 dias. Foi verificada a presença de polifarmácia em 85,0% das prescrições, com média de nove medicamentos por paciente. Os eventos adversos mais frequentes foram: hipotensão arterial (18,3%), hemorragias (12,2%) e hipoglicemia (10,2%). Os resultados revelam uma alta prevalência de polifarmácia em idosos internados associada também à significativa incidência de RAM nesta população. Conclusões: A atuação do farmacêutico clínico e a instituição de conciliação medicamentosa são medidas necessárias para identificar os padrões de prescrições direcionadas à população idosa e propor estratégias específicas para o problema da polifarmácia no idoso.

Biografia do Autor

Liliane Félix dos Santos, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM

Graduanda do sexto período da Faculdade de Medicina pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e membro discente da Liga Acadêmica de Reumatologia do Amazonas (LARAM) na mesma instituição. Desenvolve atividades curriculares de extensão e pesquisa na área de atenção e promoção à saúde de populações em situação de vulnerabilidade social, tendo como foco principalmente o acesso aos serviços de saúde, os determinantes sociais e desigualdades em saúde.

Amanda Ellen de Morais, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM

É graduanda do oitavo período do curso de medicina na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), membro da Liga Acadêmica de Emergências Clínicas do Amazonas (LAEC-Am), do Projeto Alfa - Manaus: Primeiros Socorros e Prevenção de Acidentes e Projeto ReanimAÇÃO: Manejo das Emergências Cardiovasculares em Crianças e Adultos. Pertence à Comissão de Atas e Registros da gestão 2017-2018 do Centro Acadêmico de Medicina Humberto Mendonça (CAMED-HM), conferindo ênfase à educação continuada e promoção de saúde, através da articulação entre ensino, extensão e pesquisa.

Ariele Bandeira Furtado, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM

Graduanda do sétimo periodo do curso de medicina na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), membro ativo da Liga Acadêmica de psiquiatria do Amazonas, do Projeto Alfa ­ Manaus: Primeiros Socorros e Prevenção de Acidentes e Projeto ReanimAÇÃO: Manejo das Emergências Cardiovasculares em Crianças e Adultos. Pertenceu à Comissão de Atas e Registros da gestão 2016/2017 do Centro Acadêmico de Medicina Humberto Mendonça (CAMED­HM).

Bruna Natália Serrão Lins Pinto, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM

É graduanda do sexto período do curso de medicina na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), membro da diretoria do projeto reanimAÇÃO:Manejo das Emergências Cardiovasculares em Crianças e Adultos, participa da comissão de finanças do Centro Acadêmico de Medicina Humberto Mendonça (CAMED-HM) e membro da equipe de treinamento didático do Projeto Alfa - Manaus: Primeiros Socorros e Prevenção de Acidentes.

Karoline Rodrigues da Silva Martins, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM

Tem experiência na área de Geriatria, Neuropsiquiatria geriátrica e Cuidados Paliativos.

Eliana Brasil Alves, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM (1982), Especialização em Administração Hospitalar pela Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP, título de ProfIciência Técnica em Hematologia Laboratorial - ABHH e Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo -UNIFESP/EPM (2005). Trabalhou no Laboratório de Marcadores Celulares da Fundação Hemoam com citometria de fluxo no diagnóstico dos agravos hematológicos. Farmacêutica da Universidade Federal do Amazonas, lotada no Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do paciente onde atua na vigilância de tecnologias de saúde (Farmacovigilância, Tecnovigilância e Hemovigilância) com foco na segurança do paciente.

Tatiane Lima Aguiar, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM

Graduada em Medicina, com especialização em Clínica Médica e Cardiologia, com atuação nestas áreas. Professora da disciplina de Propedêutica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas. Possui capacitação em Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), tendo atuado como membro do Núcleo de Tecnologias em Saúde (NATS) do Hospital Getúlio Vargas (HUGV), vincnulado à Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (REBRATS).

Publicado

2019-11-26

Como Citar

Santos, L. F. dos, Morais, A. E. de, Furtado, A. B., Pinto, B. N. S. L., Martins, K. R. da S., Alves, E. B., & Aguiar, T. L. (2019). Farmacovigilância de polifarmácia e reações adversas medicamentosas em idosos hospitalizados em hospital universitário de Manaus, Amazonas. Vigil Sanit Debate, Rio De Janeiro, 7(4), 41–47. https://doi.org/10.22239/2317-269X.01363