Caracterização das infecções de sítio cirúrgico em um hospital público de ensino na cidade de Cascavel, Paraná

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269X.01277

Palavras-chave:

Infecção, Infecção da ferida operatória, Segurança do paciente, Monitoramento epidemiológico

Resumo

Introdução: A infecção de sítio cirúrgico (ISC) é uma das principais infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e um problema persistente no âmbito hospitalar. Objetivo: Caracterizar as ISC em um hospital público de ensino localizado na cidade de Cascavel, PR. Método: Estudo transversal, retrospectivo, de fonte documental e abordagem quantitativa. Foram analisadas as ISC notificadas entre maio de 2017 a maio de 2018. As variáveis de interesse foram tabuladas e submetidas à análise estatística descritiva. Resultados: Ocorreram 5.169 procedimentos cirúrgicos no período, com 196 (100,0%) casos de ISC. Destes, houve predominância em adultos jovens com idade entre 21 e 40 anos (39,3%). A especialidade de Ginecologia/Obstetrícia (30,1%) e Cirurgia Geral (29,1%) apresentaram as maiores taxas de ISC, com maior frequência nas cirurgias Potencialmente contaminadas (53,1%), com ISC do tipo incisional superficial (59,7%) e com critério de confirmação clínica (79,1%). Quanto aos microrganismos isolados nas culturas, houve destaque para Pseudomonas aeruginosa (16,7%) e Enterococcus spp (16,7%). Conclusões: Denota-se que há espaço de revisão das medidas de prevenção de ISC, especialmente devido à proporção de cirurgias limpas que desenvolveram o evento adverso. Contudo, considerando os valores referidos na literatura, a taxa geral de ISC foi discreta.

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Biografia do Autor

  • Fabiana Gonçalves de Oliveira Azevedo Matos, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, PR, Brasil

    Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (1999). Possui Mestrado em Enfermagem na Saúde do Adulto e Doutorado em Ciências, ambos pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - EEUSP. Professora Adjunta da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Sistematização da Assistência de Enfermagem e Enfermagem Perioperatória.

  • Débora Cristina Ignácio Alves, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, PR, Brasil

    Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE (1991), Mestrado em Enfermagem Fundamental pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (2000) e Doutorado em Ciências da Saúde pela Escola de Enfermagem, da Universidade de São Paulo (2015). Professora Adjunto da UNIOESTE, nas disciplinas de Enfermagem Perioperatória e Sistematização da Assistência de Enfermagem. Atua nos Programas de Residência em Enfermagem (Especialidade de Gerenciamento de Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica e Especialidade em Vigilância em Saúde e Controle de Infecções). Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase na Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas com a Assistência à Saúde, Centro Cirúrgico, Central de Material e Esterilização e. Sistematização da Assistência de Enfermagem. Coordenadora do Programa de Residência em Enfermagem - Especialidade em Vigilância em Saúde e Controle de Infecções, período 2017/2019, conforme Portaria 1871/2017 - GRE; período 2019/2021, conforme Portaria nº 1819/2019 - GRE.

  • Reginaldo Passoni dos Santos, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, PR, Brasil

    Possui Graduação em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR (2014), Especialização em Gerenciamento de Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica (Modalidade Residência) (2016) e Mestrado em Biociências em Saúde (2018) pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. Atualmente é Enfermeiro Assistencial no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP/UNIOESTE). Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Nefrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Doença Renal Crônica; Injúria Renal Aguda; Terapia de Substituição Renal (Hemodiálise e Transplante Renal); Processo de Doação-Transplante de Órgãos e Tecidos.

  • Joao Lucas Campos de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil

    Graduado em Enfermagem, com Bacharelado e Licenciatura, pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PSE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Cumpriu estágio Pós-doutoral junto ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Atualmente é Professor adjunto do Departamento de Assistência e Orientação Profissional (DAOP) da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na área de Administração em Enfermagem. É Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem (FAEN) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Programa de Pós-Graduação (Mestrado Profissional) em Ciências Aplicadas à Atenção Hospitalar do Hospital Universitário Júlio Müller (UFMT). Pesquisador no Grupo de Pesquisa em Administração de Serviços de Saúde e de Enfermagem (UNIOESTE); do Núcleo de Pesquisa, Prática e Ensino em Gestão em Saúde (NUPPEGES-UEM); e do Grupo de Pesquisa TRIPALIUM: Estrutura, Organização e Gestão do Trabalho em Saúde e Enfermagem (FAEN-UFMT). Atua principalmente nas seguintes áreas: Gestão e Gerenciamento em Saúde e Enfermagem; Gestão e Avaliação da Qualidade em Saúde e Enfermagem; e Trabalho gerencial do enfermeiro no contexto hospitalar.

  • Thiago Dal Molin, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, PR, Brasil

    Enfermeiro Graduado (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE (2011 a 2015). Especialização em modalidade Residência em Gerenciamento de Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE (2016 a 2018).

Publicado

2019-08-28

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Caracterização das infecções de sítio cirúrgico em um hospital público de ensino na cidade de Cascavel, Paraná. (2019). Vigilância Sanitária Em Debate , 7(3), 31-36. https://doi.org/10.22239/2317-269X.01277

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