Avaliação da técnica de detecção por fluorescência como alternativa para contagem de bactérias heterotróficas em água para hemodiálise

Autores

  • Ellen Gameiro Hilinski Núcleo de Ensaios Biológicos e de Segurança, Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil / Departamento de Farmácia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0003-0045-2739
  • Adriana Bugno Núcleo de Ensaios Biológicos e de Segurança, Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0002-7361-405X
  • Fernando Pontes de Lima e Silva Núcleo de Ensaios Biológicos e de Segurança, Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0002-7341-9510
  • Adriana Aparecida Buzzo Almodovar Núcleo de Ensaios Biológicos e de Segurança, Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0001-5572-9091
  • Terezinha de Jesus Andreoli Pinto Departamento de Farmácia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0002-0238-8227

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269X.01387

Palavras-chave:

Hemodiálise, Água Tratada, Bactérias Heterotróficas, Fluorescência

Resumo

Introdução: A qualidade microbiológica da água tratada para hemodiálise está diretamente relacionada à ocorrência de infecções e de reações pirogênicas nos pacientes. Objetivo: Determinar o tempo de incubação mínimo e avaliar o desempenho do método microbiológico alternativo para a contagem de bactérias heterotróficas em água de hemodiálise por meio da técnica de detecção microbiana por fluorescência. Método: As análises foram conduzidas com níveis de concentração entre 2,5 x 10-1 e 1,0 x 102 UFC/placa para Pseudomonas aeruginosa, Burkholderia cepacia, Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Os testes foram realizados simultaneamente pelos métodos alternativo e tradicional, utilizando o meio de cultura R2A e temperatura de incubação de 24,0°C ± 4,0°C. Os tempos de incubação empregados foram os de 40 h e 120 h, respectivamente. Quatorze amostras de água para hemodiálise foram analisadas para avaliação da equivalência entre os métodos avaliados. Resultados: Os resultados demonstraram que o método alternativo permite a quantificação de bactérias heterotróficas após 40 h de incubação, com precisão, exatidão, especificidade e linearidade para a faixa de 5 a 100 UFC/placa. O limite de detecção do método alternativo é 1 UFC/placa. Conclusões: O método alternativo possui resultados equivalentes ao método tradicional, uma vez que o intervalo de confiança do método alternativo obtido esteve compreendido inteiramente dentro da faixa de equivalência. Portanto, a técnica de detecção microbiana por fluorescência mostrou ser uma opção viável para a implementação de um método microbiológico rápido para a contagem de bactérias heterotróficas em amostras de água tratada para hemodiálise.

Biografia do Autor

  • Ellen Gameiro Hilinski, Núcleo de Ensaios Biológicos e de Segurança, Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil / Departamento de Farmácia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

    Possui graduação em Farmácia pela Universidade Católica de Santos e pós graduação na área de Produção e Controles Farmacêuticos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Atualmente é Pesquisador Científico no Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes do Instituto Adolfo Lutz de São Paulo e docente do módulo Controle de Qualidade de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes no âmbito da Saúde Pública, na área de Vigilância Sanitária e Ambiental do Curso de Especialização em Vigilância Laboratorial em Saúde Pública do Instituto Adolfo Lutz. Possui experiência na área de garantia e controle de qualidade físico-químico e microbiológico de medicamentos, cosméticos e produtos para a saúde.

  • Adriana Bugno, Núcleo de Ensaios Biológicos e de Segurança, Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil

    Concluiu PÓS DOUTORAMENTO (2014), DOUTORADO (2006) e MESTRADO (2001), em Fármacos e Medicamentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, sub-área de Controle Microbiológico de Medicamentos. É Pesquisador Científico VI do INSTITUTO ADOLFO LUTZ, exercendo a função de Diretor Técnico do Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes (desde 2010) e na vice-diretoria da Direção Geral do Instituto Adolfo Lutz (desde 2016). Participa do Conselho Técnico-Científico do Instituto Adolfo Lutz (CTC-IAL), tendo atuado como Presidente entre 2006 e 2011 e, novamente a partir de 2016; Coordena o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e o Programa de Formação para Investigação Científica (PIFIC-IAL) desde 2016, tendo exercido esta função anteriormente em 2010 e 2011; Compõe o Corpo Editorial da Revista do Instituto Adolfo Lutz (RIAL), como Editor Chefe entre 2010 e 2011 e, desde 2013 atua como Editor Adjunto. Coordena as ações laboratoriais do Programa Estadual de Monitoramento da Qualidade de Água Tratada para Diálise, do Programa de Verificação da Qualidade de Medicamentos distribuídos pela SES/SP e do Programa de Verificação da Qualidade de Medicamentos - PROVEME no âmbito do estado de SP. Participa de Comissão Técnico Temático (CTT) da Farmacopéia Brasileira e Grupos de Trabalho junto à Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Atua na área de Vigilância em Saúde, com enfase em Saúde Pública e Vigilância Sanitária, com enfase no desenvolvimento, avaliação e validação de métodos microbiológicos para monitoramento da qualidade de produtos e serviços de interesse da Vigilância Sanitária. Sua produção está fortemente associada à validação de métodos microbiológicos alternativos aos métodos tradicionalmente aplicados à medicamentos (estéreis e não estéreis) e a avaliação de serviços (tratamento de água para fins dialíticos).

  • Fernando Pontes de Lima e Silva, Núcleo de Ensaios Biológicos e de Segurança, Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil

    Possui ensino-medio-segundo-graupelo União Social Camiliana(2011). Atualmente é Oficial de Apoio Pesquisa Cient. Tecnologica do Instituto Adolfo Lutz. Tem experiência na área de Biologia Geral.

  • Adriana Aparecida Buzzo Almodovar, Núcleo de Ensaios Biológicos e de Segurança, Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil

    Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos (1989). Atualmente é Pesquisador Científico VI do Instituto Adolfo Lutz. Tem experiência na área com ênfase em Ciências da Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: água tratada para diálise, enxaguatórios bucais, avaliação microbiológica de produtos não estéreis e produtos estéreis, determinação de endotoxinas bacterianas, avaliação toxicológica, avaliação de produtos saneantes.

  • Terezinha de Jesus Andreoli Pinto, Departamento de Farmácia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

    Farmacêutica- Bioquímica, mestre e Doutora pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP, tendo sido chefe do Depto de Farmácia, vice Diretora e Diretora da Faculdade em dois períodos. Foi presidente do Conselho Deliberativo da FURP. Coordenou o Projeto de Gestão Ambiental da FCF e o projeto Monitoramento de Propagandas junto a ANVISA. Coordenadora de TCC da Farmacopéia Brasileira, Stakeholder da US Pharmacopeia e Coordenadora do CONFAR. Entre outras homenagens recebeu em Basel a IPS Medal Award da International Pharmaceutical Federation (FIP), em Brasilia a Comenda do Mérito Farmacêutico do Conselho Federal de Farmácia e foi patrona dos formandos da FCF. Membro da Academia de Ciências farmacêuticas do Brasil, e Diretora da FIPFARMA, sendo referência na área de qualidade farmacêutica. Mantém intensa atividade acadêmica, com parcerias de pesquisa no âmbito nacional e internaciona.

Publicado

2020-05-28 — Atualizado em 2020-10-09

Versões

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Avaliação da técnica de detecção por fluorescência como alternativa para contagem de bactérias heterotróficas em água para hemodiálise. (2020). Vigil Sanit Debate, Rio De Janeiro, 8(2), 94-105. https://doi.org/10.22239/2317-269X.01387 (Original work published 2020)

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