Processo de autoavaliação nacional das práticas de segurança do paciente em serviço de saúde, de 2016 a 2019: uma análise sob a óptica da vigilância sanitária

Autores

  • Jessica Tsai Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0001-6030-7440
  • Ludmylla Cristina de Faria Pontes Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0001-5827-9532
  • Helaine Carneiro Capucho Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil / Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0002-5438-7963

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269x.01566

Palavras-chave:

Segurança do Paciente; Unidades de Terapia Intensiva; Serviço de Saúde; Anvisa

Resumo

Introdução: O preenchimento do Formulário da Autoavaliação das Práticas de Segurança do Paciente elaborado pela Anvisa é realizado de forma voluntária e anual serviços de saúde com leitos de UTI e envolve a avaliação de indicadores de estrutura e processo, baseada na Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa nº 36, de 25 de julho de 2013. Objetivo: Analisar o processo de autoavaliação nacional realizado pela Anvisa sob a óptica da vigilância, no período de 2016 a 2019. Método: Realizou-se um estudo retrospectivo, de análise documental no qual foram analisadas e comparadas as informações que eram comuns em quatro Relatórios da Autoavaliação das Práticas de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. Resultados: Observou-se que houve aumento da participação dos hospitais da autoavaliação ao longo dos anos; que a meta prevista no Plano Integrado não foi alcançada; e que os indicadores de processo apresentaram menor conformidade que os de estrutura. Conclusões: Urge a necessidade de implementação de estratégias do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária tanto para sensibilizar os gestores sobre a importância da autoavaliação das práticas de segurança do paciente, quanto para a  implementação de melhorias nos serviços, bem como de políticas públicas consistentes  que visem garantir assistência à saúde de qualidade para a população brasileira.

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Biografia do Autor

  • Jessica Tsai, Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil

    Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Toxinologia, na área de genética e em morfologia e morfogenese.

  • Ludmylla Cristina de Faria Pontes, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil

    Graduada em Fisioterapia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, pós-graduada em Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e em Fisioterapia Cardiopulmonar e Terapia Intensiva pelo Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada. Trabalhou, por 4 anos, como analista administrativo do Serviço de Gestão de Qualidade da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), atuando principalmente nos seguintes segmentos: Segurança do Paciente, Vigilância em Saúde e Humanização. Em 2017 iniciou como fisioterapeuta da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, primeiramente na UTI Pediátrica do Hospital Regional de Santa Maria (2017 a 2019) e atualmente na UTI Neonatal do Hospital Materno-infantil (HMIB).

  • Helaine Carneiro Capucho, Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil / Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil

    Professora Adjunta do Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), desenvolve a tríade ensino-pesquisa-extensão nas áreas de Gestão, Economia e Vigilância Sanitária. Na UnB, criou as disciplinas optativas Avaliação de Tecnologias em Saúde e Gestão da Qualidade e Saúde Baseada em Valor, que é a primeira disciplina de graduação em uma universidade brasileira a tratar de Value-Based Health Care. Recebeu prêmios e outros reconhecimentos por seu trabalho técnico-científico em eventos nacionais e internacionais, com destaque para o 18º Concurso Inovação na Gestão Pública Federal promovido pela Fundação Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). É Doutora em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP, Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP, MBA em Marketing pela FUNDACE/ FEARP - USP, Especialista em Farmácia Hospitalar e em Farmácia Clínica pela SBRAFH, graduada em Farmácia e Farmácia Industrial pela Universidade Federal de Ouro Preto, com curso de Farmácia Clínica pela Universidad de Chile. Atuou como Gerente de Riscos do Hospital das Clínicas da USP Ribeirão Preto por 5 anos (2007-2011), quando participou ativamente da criação do Comitê de Segurança do Paciente do hospital, o primeiro comitê desta natureza no Brasil. No período de 2009 a 2011 presidiu o referido Comitê. À frente da Gerência de Riscos, inovou na área de gestão de riscos integrando a farmacovigilância e outras vigilâncias de tecnologias em saúde à gestão de riscos dos processos assistenciais; estimulou a integração do processo de ensino-aprendizagem em serviço; realizou pesquisas de iniciação científica e pós-graduação na área de segurança do paciente. O software de notificações voluntárias para amparar processo de VIGIPOS e gestão de riscos assistenciais desenvolvido em sua tese de doutorado resultou no Vigihosp - Aplicativo de Vigilância em Saúde e Gestão de Riscos Assistenciais Hospitalares, que está em uso na rede de hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). No Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde do Ministério da Saúde colaborou para a implementação dos processos de trabalho da então recém-criada Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS - CONITEC, no período de 2011 a 2013. Entre 2013 e 2019, foi Chefe de Serviço de Gestão da Qualidade na Diretoria de Atenção à Saúde da Ebserh, Ministério da Educação, coordenando ações estratégicas para a qualidade em saúde, segurança do paciente, vigilância em saúde, incluindo a farmacovigilância e outras vigilâncias pós-comercialização de tecnologias em saúde, em 40 hospitais universitários federais que compõem a rede Ebserh. Implementou o Programa Ebserh de Segurança do Paciente em 2014 e, em 2018, liderou a criação do Selo Ebserh de Qualidade, um programa próprio de gestão da qualidade e certificação interna. Presidiu a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde - SBRAFH no biênio 2012-2013, e foi membro do Grupo de Trabalho em Farmácia Hospitalar do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde. Ainda como Presidente da SBRAFH, coordenou a COSUDEFH - Coordinadora Sudamericana para el Desarollo de la Farmacia Hospitalaria (2012-2013). Foi Editora-Chefe da Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, conduzindo a revista desde sua criação em 2010 até março de 2014. É revisora ad hoc de periódicos científicos nacionais e internacionais, como a Revista Panamericana de Saúde Pública, membro do Grupo de Trabalho sobre Farmácia Hospitalar do Conselho Federal de Farmácia, membro do Medication Errors Special Interest Group da International Society of Pharmacovigilance e Membro do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde da UnB.

Publicado

2020-11-30

Como Citar

Processo de autoavaliação nacional das práticas de segurança do paciente em serviço de saúde, de 2016 a 2019: uma análise sob a óptica da vigilância sanitária. (2020). Vigilância Sanitária Em Debate , 8(4), 47-56. https://doi.org/10.22239/2317-269x.01566

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