Tecnologia organ-on-a chip: verificação do cenário global da aplicabilidade no contexto regulatório de produtos farmacêuticos

Vigil Sanit Debate, Rio de Janeiro, 2025, v.13: e02311 | Publicado em: 12/03/2025

Autores

  • Núbia Regina de Oliveira Programa de Pós-graduação em Vigilância Sanitária, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil | Instituto de Ciências e Tecnologia em Biomodelos, Fundação Oswaldo Cruz (ICTB/Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0002-8299-1172
  • Wanise Borges Gouvea Barroso Instituto de Ciências e Tecnologia em Biomodelos, Fundação Oswaldo Cruz (ICTB/Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0002-7775-8640
  • Isabella Fernandes Delgado Programa de Pós-graduação em Vigilância Sanitária, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil | Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, Fundação Oswaldo Cruz (VPEIC/Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0003-0610-5324

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269X.02311

Palavras-chave:

Sistemas Microfisiológicos, Organ-on-a-Chip, Órgãos em Chip, Human-on-a-Chip, Novas Abordagens Metodológicas

Resumo

Introdução: Os métodos tradicionais dos estudos pré-clínicos com animais podem não refletir com precisão a eficácia e a segurança de um composto em seres humanos. Assim, a busca por métodos alternativos e estratégias preditivas que se mostrem mais vantajosos em termos de confiabilidade, redução de custos e maior facilidade de difusão e incorporação pelos laboratórios é uma questão de grande relevância, bem como a discussão das questões éticas relacionadas ao uso de animais. Neste contexto, a tecnologia de “organ-on-a-chip” (OoC) vem sendo proposta como um dos métodos substitutivos ao uso de animais de laboratório. Embora a tecnologia de OoC esteja no caminho de se tornar amplamente aceita como uma plataforma específica para pesquisa pré-clínica para aplicação em humanos e na testagem terapêutica, ainda existem desafios e limitações para aceitação regulatória. Objetivo: Abordar a tecnologia quanto à aplicabilidade e aceitação regulatória, comparando o Brasil com os Estados Unidos da América (EUA) e a União Europeia (EU), a partir dos pedidos de patentes registrados, revisão da literatura e dados de sites oficiais. Método: A pesquisa e coleta de dados foram realizadas por meio de buscas no acervo do portal de periódicos da CAPES, na base de dados PatentScope gerenciada pela World Intellectual Property Organization (WIPO), no site das agências reguladoras, das empresas que comercializam OoC, das sociedades que discutem essa tecnologia, e na ferramenta TSAR. Resultados: Verificou-se que foram depositadas  patentes relacionadas a área de microfluídica, OoC e sistemas microfisiológicos (SMF). Observou-se que as indústrias farmacêuticas estão avaliando e aplicando essa tecnologia, indicando que o mercado tende a crescer, embora essa tecnologia ainda não esteja inclusa em guias oficiais para aceitação regulatória. Conclusões: Os resultados demonstram o potencial para suplantar as limitações dos modelos atuais. Porém, para promover a inclusão do modelo OoC como método preditivo reconhecido mundialmente, é imprescindível a mobilização conjunta de universidades, indústrias, centros de pesquisa, instituições financeiras de apoio e órgãos reguladores em um esforço colaborativo agregando conhecimento científico, diretrizes regulatórias e investimento em pesquisas e capacitação.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Núbia Regina de Oliveira, Programa de Pós-graduação em Vigilância Sanitária, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil | Instituto de Ciências e Tecnologia em Biomodelos, Fundação Oswaldo Cruz (ICTB/Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Wanise Borges Gouvea Barroso, Instituto de Ciências e Tecnologia em Biomodelos, Fundação Oswaldo Cruz (ICTB/Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Isabella Fernandes Delgado, Programa de Pós-graduação em Vigilância Sanitária, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil | Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, Fundação Oswaldo Cruz (VPEIC/Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Downloads

Publicado

2025-03-12

Como Citar

Tecnologia organ-on-a chip: verificação do cenário global da aplicabilidade no contexto regulatório de produtos farmacêuticos: Vigil Sanit Debate, Rio de Janeiro, 2025, v.13: e02311 | Publicado em: 12/03/2025. (2025). Vigilância Sanitária Em Debate , 13, 1-14. https://doi.org/10.22239/2317-269X.02311

Artigos Semelhantes

1-10 de 537

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)