Aplicação de métodos alternativos ao uso de animais no desenvolvimento e controle da qualidade de produtos imunobiológicos no Brasil

Vigil Sanit Debate, Rio de Janeiro, 2023, v.11: e02126| Publicado em: 19/04/2023

Autores

  • Rafaela Küster Gon Programa de Pós-graduação em Vigilância Sanitária, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0003-4281-1808
  • José Mauro Granjeiro Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmtero), Duque de Caxias, RJ, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0002-8027-8293
  • Isabella Fernandes Delgado Programa de Pós-graduação em Vigilância Sanitária, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Autor https://orcid.org/0000-0003-0610-5324

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269x.02126

Palavras-chave:

Métodos Alternativos, 3Rs, Laboratórios Públicos Oficiais, Controle da Qualidade, Produtos Imunobiológicos

Resumo

Introdução: Há décadas, a necessidade, o número e o potencial preditivo do uso de animais para fins de pesquisa, produção e controle da qualidade de diversos produtos vêm sendo questionados. Objetivo: Mapear os testes in vivo utilizados nos laboratórios públicos oficiais (LPO), verificando a aplicação ou não de métodos alternativos. Método: Os LPO foram identificados e convidados a responder um questionário de triagem para mapear os métodos alternativos utilizados por eles seguido de uma entrevista para avaliar o interesse em desenvolver um novo método alternativo, a aplicação do princípio dos 3Rs e a percepção dos fabricantes em relação à tendência da substituição por métodos alternativos. Resultados: Os LPO brasileiros reportaram dificuldades para a implementação de alternativas in vitro, entre elas a necessidade de adequação de infraestrutura, insuficiência de pessoal e falta de capacitação dos quadros técnicos. Alguns respondentes alegam a necessidade de sistematização dos trâmites burocráticos e regulatórios aplicáveis ao conceito dos 3Rs no campo de imunobiológicos. Todos os respondentes apresentaram interesse na implementação de alternativas in vitro, apontando vantagens como: redução de tempo e custo das análises, maior precisão de resultados, minimização de dificuldades inerentes aos testes in vivo e à manipulação de animais. Conclusões: Promover um cenário – sob o ponto de vista político, técnico e regulatório – mais propício para validação e implementação de métodos alternativos no Brasil contribuirá para a redução de custo e o tempo na liberação de lotes de produtos imunobiológicos. Há espaço para a redução do uso de animais em alguns testes in vivo utilizados na LPO, porém, há necessidade de investimento em infraestrutura e pessoal qualificado em testes alternativos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Rafaela Küster Gon, Programa de Pós-graduação em Vigilância Sanitária, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • José Mauro Granjeiro, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmtero), Duque de Caxias, RJ, Brasil
  • Isabella Fernandes Delgado, Programa de Pós-graduação em Vigilância Sanitária, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Publicado

2023-04-19

Como Citar

Aplicação de métodos alternativos ao uso de animais no desenvolvimento e controle da qualidade de produtos imunobiológicos no Brasil: Vigil Sanit Debate, Rio de Janeiro, 2023, v.11: e02126| Publicado em: 19/04/2023. (2023). Vigilância Sanitária Em Debate , 11, 1-8. https://doi.org/10.22239/2317-269x.02126

Artigos Semelhantes

1-10 de 658

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)