Avaliação da qualidade das máscaras comercializadas no Brasil em tempos de pandemia da COVID-19 quanto à presença de prata e de nanopartículas de prata

Autores

  • Cristiane Barata-Silva Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0000-0002-2940-2121
  • Santos Alves Vicentini-Neto Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0000-0002-0746-1470
  • Carolina Duque Magalhães Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0000-0003-1636-5285
  • Silvana do Couto Jacob Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0000-0003-0384-2628
  • Josino Costa Moreira Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0000-0002-7457-2920
  • Lisia Maria Gobbo Santos Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0000-0002-0652-7538

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269x.01766

Palavras-chave:

COVID-19; Pandemia; Prata; Nanopartículas; ICP-MS

Resumo

Introdução: A pandemia COVID-19 causada pelo novo coronavírus é uma doença sem tratamento  específico que se tornou um dos grandes desafios do século atual. Uma das alternativas para minimizar a taxa de transmissão direta do vírus é o uso das máscaras faciais. Atualmente, há no mercado uma diversidade de máscaras, tanto na composição têxtil, quanto na presença ou não do elemento prata (Ag), sob a forma de íon ou nanopartículas de prata (AgNP), que possui atividade biocida. Objetivo: Avaliar a presença da Ag total e de AgNP em máscaras produzidas para proteger a população da COVID-19 que estão sendo comercializadas no Brasil durante a pandemia. Método: O desenho utilizado para o estudo foi observacional descritivo do tipo transversal com amostragem por conveniência. As amostras foram analisadas por ICP-MS no modo padrão e no modo single particle. Resultados: As concentrações de prata total nas amostras  estudadas apresentaram uma variação de 14–72 μgg-1. Foi observado que 50% das amostras avaliadas que declaram ter AgNP apresentaram uma distribuição de tamanho entre 17–57 nm. Ao serem submetidas aos ciclos de lavagem, verificou-se uma redução na concentração de Ag, a cada novo ciclo, o que levanta o questionamento quanto a sua real efetividade biocida ao longo do tempo. Conclusões: Os dados gerados fornecem o atual cenário da concentração de Ag nas
máscaras e, assim, avaliar o potencial benefício ou risco do uso para a saúde humana e ambiental. Além disso, este conhecimento pode dar subsídios técnico-científicos para a fiscalização sanitária do controle de qualidade e a implementação de normas regulatórias nesse ramo de atuação. 

Publicado

2021-02-26

Como Citar

Barata-Silva, C., Vicentini-Neto, S. A., Magalhães, C. D., Jacob, S. do C., Moreira, J. C., & Santos, L. M. G. (2021). Avaliação da qualidade das máscaras comercializadas no Brasil em tempos de pandemia da COVID-19 quanto à presença de prata e de nanopartículas de prata. Vigil Sanit Debate, Rio De Janeiro, 9(1), 29–35. https://doi.org/10.22239/2317-269x.01766

Edição

Seção

COVID-19/SARS-CoV-2 Artigo

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