Amplitude do rastreio e diagnóstico do câncer de mama no estado do Piauí e o impacto da pandemia da COVID-19
Vigil Sanit Debate, Rio de Janeiro, 2024, v.12: e02267 | Publicado em: 19/09/2024
DOI:
https://doi.org/10.22239/2317-269X.02267Palabras clave:
Neoplasias da Mama, Mamografia, Programas de Rastreamento, COVID-19Resumen
Introdução: A pandemia da COVID-19 trouxe para todo o mundo uma nova realidade epidemiológica que foi responsável por modificar toda a dinâmica de enfrentamento aos problemas de saúde no mundo. As políticas de enfrentamento ao câncer foram diretamente prejudicadas, levando a uma possível queda na identificação precoce de casos e ao futuroaumento da morbimortalidade para os pacientes oncológicos. Objetivo: Analisar os impactos da pandemia sobre as medidas de rastreio do câncer de mama no estado do Piauí. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico com dados secundários disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde sobre a realização de mamografias e diagnósticos de câncer de mama no estado do Piauí entre 2017 e 2021. Resultados: Entre os anos de 2017 e 2019, foram realizadas em média 39.165 mamografias por ano, contra uma média de 22.367 exames em cada ano entre 2020 e 2021. Os dados trazidos apontam uma significativa queda no quantitativo de exames realizados, associados a uma queda também no número absoluto de diagnósticos realizados, bem como a realização de diagnósticos mais tardios. Conclusões: O cenário descrito sugere a possibilidade de desenvolvimento de uma emergência epidemiológica relacionada ao câncer de mama, tanto pela incapacidade estrutural do estado do Piauí de fornecer assistência adequada às pacientes, quanto pela observação cada vez maior de casos mais avançados. Demonstramos, portanto, que é necessária a intensificação de esforços no sentido de fortalecer as estratégias de enfrentamento e o diagnóstico precoce do câncer de mama no estado do Piauí.
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